É muito triste você passar o resto da sua vida com uma pessoa pela qual você não tem afeto e que seria uma qualquer em sua vida em outras condições. Sendo você artista ou não, uma situação dessas te limita. Você não cria, não inventa, não sente. De que vale a vida se você não tiver liberdade para criar o que quiser? Para ter essa liberdade, eu acho que todos precisam do par certo. Então, leiam o conto, se possível, porque é muito bacana e trata desses assuntos... Segue um link abaixo para download. É só imprimir e ler... =)
http://letras.fflch.com.br/arquivos/IEL/A%20dama%20do%20Cachorrinho%20-%20Tchekhov.pdf
E hoje tinha que ter uma música também. É um samba bem antigo da dupla "Bide e Marçal" e se chama "A primeira vez". Lembrei desse samba ao ouvir uma gravação do João Gilberto no começo dessa semana e hoje me peguei tocando o mesmo ao violão. Dá pra ouvir um pouco dele abaixo (Quem está cantando é o Orlando Silva. Nos anos 40, época da gravação, esse samba era tocado de um modo mais animado, mais carnaval. Eu, particularmente, o prefiro de forma mais dolente. Fica muito bonito e valoriza o som do violão e da percussão marcando de forma bem suave...):
|
4 comentários:
Gostei muito do seu jeito de escrever e você fala mais ou menos sobre as descobertas que eu tento fazer desde que comecei a escrever sobre o tema no Blog "O amor é uma falácia". Conclusão? Hummmm... ainda não cheguei a nenhuma, mas já deu pra perceber que o amor não é dado a convenções: ele é essa coisa que acontece sem regra, sem lógica. A única forma de saber quando ele é "certo" é pela intensidade do brilho nos olhos, que nem sempre está de mãos dadas com as regras sociais vigentes...
Ahhh. A conversa entre blogs tá ficando boa. Vou ficar fora do ar por 2 semanas num curso de meditação (sem TV, sem celular, sem música, sem ler, sem escrever), uma experiência meio estranha. Mas quando eu voltar a gente continua ;-)
Sobre o "Mesa pra Dois" que você comentou no meu Blog, o livro que cito, do Nilton Bonder tem uma discussão que também tem tudo a ver com o que você tá falando aqui nesse post, sobre como as linhas entre certo e errado e traidor e traído estão determinadas por uma falsa moralidade: quem dtermina as regras é um sujeito que não sente, apenas julga.
Aliás, recomendo muito esse livro: A Alma Imoral. Aí vai trecho que ele discute isso, é uma parte linda do livro:
"Há um olhar que sabe discernir o certo do errado e o errado do certo.
Há um olhar que enxerga quando a obediência significa desrespeito e a desobediência representa respeito.
Há um olhar que reconhece os curtos caminhos longos e os longos caminhos curtos.
Há um olhar que desnuda, QUE NÃO HESITA em afirmar que existem fidelidades perversas e traições de grande lealdade.
Este olhar é o da alma"
Em tempo: estou de volta a civilização. Foram os 10 dias mais loucos de que eu tenho memória. Tenho tema não só pra escrever 10 posts, mas um livro ;-)
Postar um comentário